16/01/2009

Oi pessoal,
De facto a vidinha prega-nos cada partida. Estou há um mês nos HUCs com uma leucemia.
Tudo começou com uma xata duma dor de cabeça que não me largava. Já não ía há 12 anos ao médico (odeio médicos...), fiz umas simples análises ao sangue e tumba já não saí do hospital.Já fiz um primeiro tratamento de quimo durante 10 dias, mas correu mal; não fiz remissão de qualquer especie. As minhas células imaturas, como eles gostam de lhe chamar, tornaram a aparecer. Por isso foi um bluff. Estou agora a fazer um novo tratamento, da 1ªvez, foi continuo (sempre a pingar) durante 10 dias e basicamente 2 substâncias. Agora faço mais uma substância e é feito ao meio-dia, durante cerca de 2 horas e depois às 17:00 durante 4 horas.Tento sempre que posso acompanhar as coisas do trabalho para ajudar a passar o tempo, por vezes tenho um bocado de febre de maneira que até suporto o Jorge Gabriel e a Sónia Araujo...para não falar na Júlia Pinheiro....Uma vez conseguida a remissão (o que parece não estar a ser fácil), vou ter que fazer transplante de medula óssea, caso contrário a probabilidade da doença voltar é grande. Como tenho 4 irmãos talvez algum seja compatível, penso que há 25% de hipotese, teoricamente. Por isso, façam meninos; filho único está tramado.Como o Nabais disse para ser dador basta ir a um dos centros de histocompatibilidade (em Coimbra é dentro dos HUCs) e fazer uma simples análise de sangue. Ficam depois inscritos no banco mundial de dadores.Se alguma vez forem depois chamados a fazer a doação, actualmente um dos procedimentos (segundo me explicaram os médicos), é estar cerca de 4 horas ligados a uma máquina que "filtra" do vosso sangue células estaminais. Talvez ao fim vos ofereçam o jantar...Os custos são todos suportados pelas instituições de saúde, por isso ir dar medula por exemplo a Honululu até pode ser interessante.Agora, um pouco mais a sério, de facto existe um forte hipotese de nenhum dos meus irmãos não serem compatíveis e por isso posso precisar da vossa ajuda.

Beijinhos e obrigado.

Isabel.

Todas juntas nunca seremos demais neste apelo.