01/02/2008

Cerca de dois milhões de pessoas vão todos os anos às ruas de Salvador para participar de uma das maiores festas de carnaval do mundo. A ginga dos baianos se mistura com a alegria dos turistas nos 25 km da chamada "Cidade do Carnaval", com o lema "O coração do mundo bate aqui". Tudo embalado pelo som dos tambores do blocos afro, além dos afoxés e principalmente os blocos de trio. Os lugares mais agitados são os circuitos oficiais de Barra-Ondina e do Campo Grande-Avenida. O tema deste ano homenageia a capoeira, e terá como símbolos os mestres João Pequeno (capoeira Angola) e Dr. Decânio (capoeira regional). Nos bairros, a Prefeitura vai realizar festas em Cajazeiras, onde na quinta-feira, dia 31 de janeiro, está marcada a entrega das chaves da cidade ao rei Momo e recepção das princesas e rainha, com shows de Elaine e Banda Motumbá. Haverá folia também em Periperi, Itapuã, Liberdade, Plataforma e Pau da Lima e nas ilhas - de Maré, Frades e Bom Jesus dos Passos. Neste ano há a coincidência da Festa de Iemanjá, muito comemorada pelos baianos, que acontece em pleno sábado de Carnaval, no dia 2 de fevereiro. A tradicional celebração do Rio Vermelho respeitará o caráter religioso que se revestem as homenagens à Rainha do Mar. Os foliões que preferem as fanfarras e bandas de percussão ao agitado som dos trios têm a oportunidade de brincar no Pelourinho. Lá, famílias, crianças e idosos divertem-se com mais segurança e tranqüilidade ao som das marchinhas que resgatam os carnavais antigos. Mais de 50 grupos musicais percorrerão as estreitas ruas de paralelepípedo do Centro Histórico de Salvador. Alguns foliões que chegavam à Bahia eram vítimas de agências desonestas que vendiam ingressos para camarotes dos circuitos oficiais e depois não tinham a quem reclamarem. Para que isso não se repita neste ano, o a Prefeitura de Salvador, através da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), só aceitará licenciamento de empresas que tenham sede na cidade. Outra nova medida é a determinação pela prefeitura do número de banheiros que cada camarote deve conter, de acordo com seu tamanho.